O que é educação especial e inclusiva?

Se você tem dúvidas sobre educação especial e inclusiva, veio ao lugar certo. No texto de hoje, vamos esclarecer todas as suas perguntas sobre o assunto, falar um pouco sobre o curso de pós-graduação nesse segmento e te deixar bem informado sobre essa área de atuação.

O que é educação especial e inclusiva?

Para começar, muito se fala sobre educação especial inclusiva, mas você sabe o que esses termos significam? Essa é uma metodologia pedagógica que combina noções da educação regular com a educação especial. Sendo assim, o objetivo principal desse sistema de ensino é promover a integração entre todas as crianças da comunidade.

Porém, é importante lembrar que, mesmo que algumas pessoas usem os termos como sinônimos, há diferenças entre a educação especial e a inclusiva. E é sobre isso que vamos falar no próximo tópico.

Diferença entre educação especial e educação inclusiva

Apesar desses termos serem encontrados juntos, há diferença entre educação especial e educação inclusiva. Afinal, a educação especial utiliza de ferramentas didáticas e pedagógicas específicas para atender às limitações da criança com necessidades especiais, sejam elas físicas ou cognitivas. Porém, ela não possui um papel integrador do aluno com a sociedade, por isso, é aplicada fora do ambiente da educação regular, em escolas ou centros especializados no atendimento a essas crianças.

Já a educação inclusiva é um sistema educacional misto, onde se alia a educação regular com a educação especial. Nesse contexto, os alunos com necessidades especiais são integrados aos demais estudantes no ambiente escolar comum. Dessa forma é possível ter um ganho na convivência de ambas as partes.

Qualquer escola pode receber alunos especiais?

Para entender melhor esse assunto, é preciso citar que no Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases Nacionais da Educação (9.394/96), de 1996, assegura a todas as crianças com necessidades especiais, o direito constitucional de educação pública e gratuita. Segundo o Ministério da Educação, qualquer escola, seja ela pública ou particular, que negar matrícula a um aluno com deficiência comete crime punível com reclusão de 1 a 4 anos (Art. 8º da Lei nº 7.853/89).

Porém, para receber esses alunos, a escola precisa estar preparada. Ou seja, não é necessária nenhuma licença da Secretaria da Educação, mas é essencial ter profissionais qualificados. Além de professores capacitados e treinados para lidar com as limitações das crianças, é necessário adaptações na estrutura física. Dessa forma, as escolas precisam atender e matricular alunos que possuam Altas Habilidades e Superdotação, Deficiência Intelectual e Múltiplas Deficiências, Surdez, Deficiência Física e Neuromotora, Deficiência Visual, Transtornos Globais do Desenvolvimento.

A escola também precisa dispor de tecnologias que permitam a integração dos alunos com necessidades especiais e o apoio de um grupo de profissionais que possam proporcionar um processo educacional de formação integral, como educadores físicos, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e psicopedagogos. Por isso, a pós graduação educação especial e inclusiva está em destaque no mercado acadêmico.

Educação inclusiva na prática

Mas é preciso lembrar que apenas aceitar o aluno e o colocar dentro de sala de aluno não caracteriza inclusão. Afinal, os profissionais da educação e demais colegas de turma precisam estar integrados e trabalhando juntos para o desenvolvimento integral da criança com necessidade.

Além disso, estudos recentes mostram que a convivência de alunos com necessidades especiais e alunos que não apresentam nenhuma limitação, é benéfica para os dois lados. Dessa forma, podemos dizer que a educação inclusiva ajuda a construir uma sociedade que sabe respeitar as diferenças, os alunos incluídos são mais propensos a pertencer a um grupo de amizades ou viver de forma mais independente, trabalhando ou ingressando no ensino superior. Além disso, as pesquisas mostram que esses alunos desenvolvem habilidades em matemática e leitura mais apuradas e são menos propensos a mostrar problemas comportamentais, se comparados aos alunos que não frequentam escolas inclusivas.

Curso educação especial e inclusiva

O curso educação especial e inclusiva é na verdade uma pós-graduação, uma especialização de conhecimento. Sendo assim, para se matricular é necessário ter concluído o ensino superior, ou seja, uma graduação. Normalmente, essa especialização é procurada por profissionais já formados em pedagogia ou outra licenciatura. Porém, qualquer pessoa interessada no assunto e com nível superior pode se matricular.

Por isso, a pós graduação educação especial e inclusiva EAD aparece como uma boa opção de especialização. Afinal, é um trabalho muito importante que está em carência na educação brasileira. Por isso, sempre há boas oportunidades aguardando profissionais qualificados.

Grade curricular do curso de especialização

A pós em educação especial e inclusiva pode durar 6, 9 ou 15 meses. A ideia é que após o tempo de estudo o profissional esteja qualificado para enfrentar os desafios da profissão. Sendo assim, durante o curso de educação inclusiva e especial, o aluno tem acesso as seguintes disciplinas.

  • Novos Caminhos para Profissionais da Educação;
  • Diversidade na Aprendizagem de Pessoas com Necessidades Especiais;
  • Deficiência Intelectual, Física E Psicomotora;
  • Deficiência Visual, Auditiva e Surdocegueira;
  • Transtornos Globais de Desenvolvimento (TGD) e Altas Habilidades;
  • Fundamentos da Educação Especial;
  • Metodologia do Ensino da Educação Especial;
  • Tecnologia Assistiva;
  • Comunicação Alternativa.

Agora que você já conhece mais sobre a área e a sua especialização, pode procurar uma instituição de ensino para começar a estudar. É importante sempre verificar se a faculdade é credenciada pelo Ministério da Educação (MEC). Afinal, é esse credenciamento que torna o seu certificado válido e bem aceito pelo mercado de trabalho, quando você for procurar por vagas na área. Também é interessante conferir o corpo docente, ou seja, os professores que serão responsáveis pelos ensinamentos do curso. Afinal, eles serão responsáveis por dar o norte do seu conhecimento na área.

E lembre-se, a educação, assim como qualquer outra área está em constante evolução. Por isso, é importante se manter atualizado com as novas descobertas. Então, faça cursos periodicamente e leia pesquisas da área. Essas são práticas que vão te manter sempre curioso e interessado. E assim, você ganhará um destaque no mercado, e também, poderá trabalhar para melhorar a educação do país e, consequentemente, melhorar o mundo a nossa volta de uma forma geral. Afinal, a educação pode mudar a história de muitas pessoas.

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